Lupas (11)

2022 Abril - 033

Pasolini tenta criar uma espécie de O Fantasma da Liberdade versão Idade Média, mas enquanto Buñuel sabia juntar sofisticação e o absurdo, Pasolini era só vulgar mesmo. Filme maçante em que a subversão do diretor italiano soa sem graça e irrelevante.

Humor grosseiro e crítica tola, fútil. Exercício quase interminável de paciência com Pasolini desfilando sua infantilidade e vontade de chocar o mundo em 1:40 minutos que mais parecem o dia inteiro. Sinceramente, pouco sobra de utilidade disto ainda que em algum momento o diretor sugira de que o filme se trate de uma obra de arte. Coitado.

Desconstrução potente da visão tradicional da Idade Média, assim como fizeram Monthy Python, Monicelli e vários outros em época..

Tem uns momentos inspirados e a crítica de Pasolini é pertinente e afrontosa (cristãos devem ter enlouquecidos em 71' com O Decameron e Os Demônios), mas como um todo, ficou um pouco irregular.

Adaptação magistral da obra precursora do realismo. Contos selecionados que compõem um rico quadro social e moral da Idade Média, seu primitivismo de forma polêmica e engraçada refletindo sobre a estética, as artes e a sexualidade do período e da Itália.

23/02/07

Cru,sujo,obsceno e mágico. Parte inicial da trilogia de contos de Pasolini,abriu caminhos para as idéias do que poderiam vir. Pode não ser a de maior inspiração,ainda assim tem trechos especiais - como o caso das freiras ou o milagre da égua.

Bom filme !

Uma comédia esplêndida, crítica como só o cinema italiano poderia fazer, e agridoce aos moldes de Pasolini. "Por que criar uma obra de arte tão bela, se sonhar com ela é muito mais belo?". FILMAÇO.

Como um todo, o filme é bastante divertido, com Pasolini explorando bem os aspectos fantásticos e satíricos da obra de Bocaccio. Os mnelhores contos, no filme, são exatamente os que zombam de instituições (como as freiras taradas e o culto ao pecador)