Otto Preminger deixa bem claro. Política e religião são uma mistura indigesta, venenosa e hipócrita. Pior ainda quando ""abençoada"" com a estupidez dos poderosos. Como diz o texto: ""É sempre vocês, os bons homens, que cometem os grandes erros."" Ps: O epílogo é sensacional!
Definitivamente esta carolice católica sem julgamento e a falta de uma crítica mais incisiva ao papel da Igreja Católica me deixaram um tanto desconcentrado. Durante o julgamento existe a figura de um padre que é o tempo todo complacente e razoável com Joana.
Preminger faz questão de mostrar o quão político foi o julgamento de Joana D'Arc e que isso de nada adiantou na prática, pois seu mito só cresceu. Em seus interessantes prólogo e epílogo ainda questiona a própria humanidade e sua maldade eterna e burra.
Estrutura simples, imagens limpas, apenas diálogos - sente-se o ritmo algumas vezes.
Mantém sua alma de teatro, muito bem feito, onde Seberg domina a tela e faz uma Joana santificada inspirada.
Os divagações em sonho, prólogo e epílogo, são espetaculare