Surpreende quem conhece o cinema de kaurismaki. Um pouco menos frio, menos distante de seus personagens e com muitos diálogos dada a característica do finlandês. Mas seu tom irônico se faz presente e nos faz lembrar que é sempre possível fantasiar a reali
Kaurismäki se utiliza de um humor bastante contido para tratar entre outros temas, da crise imigratória que vivemos. É interessante também como é mostrado o altruísmo, mesmo que tardio e com certa frieza.
16/08/12 -O filme retrata a imigração ilegal, um tema tão delicado mas que é mostrada de maneira bem humorada e sensível por Kaurismaki. A trilha-sonora eclética e de muito bom gosto passeia do tango ao rock.
Le Havre é muito bonito, tanto em seu visual minimalista quanto em sua história; vai além, e traz o tema (imigração ilegal) com bastante força, discutindo solidariedade e cooperação num mundo em que o contrário disto - infelizmente - predomina.
É uma tradição de proscênio, de teatro, que vem do cinema mudo (aliás, nestes tempos de O Artista, vale procurar o filme mudo e preto-e-branco de Kaurismaki, Juha, de 1999, que é muito melhor que o vencedor do Oscar) e que casa bem com a perplexidade.
Sem muita novidade, mas de maneira sensível, o roteiro levanta o problema da imigração ilegal, principalmente dos refugiados de guerra, enaltecendo, ao mesmo tempo, a solidariedade que ainda há entre as pessoas. Destaque para as boas atuações.