- Direção
- Nuri Bilge Ceylan
- Roteiro:
- Nuri Bilge Ceylan (escritor), Ebru Ceylan (escritor), Ercan Kesal (escritor)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Turquia
- Estreia:
- 24/05/2013
- Duração:
- 150 minutos
- Prêmios:
- 64° Festival de Cannes - 2011
Lupas (11)
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Aquilo que não é dito, olhares, sensações, mistérios da condição humana. A observação das coisas, o cansaço de uma vida, a inevitável presença da morte. A natureza, os sons que se fazem presentes, a tristeza de uma lembrança, a culpa que todos carregam. É o tempo da reflexão, do trivial, do homem e seus conflitos. Belo filme!
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Ceylan, jamais negando as suas influências (Ozu principalmente), busca a excelência estética nos simples atos, investigando o ser humano para além da trama - trama esta que pouco importa, pois não há um segredo a ser revelado. Há somente a contemplação.
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Talvez eu não estive no dia correto para assistir um filme como este, uma longa jornada de planos estéticos e silêncios dominantes.O fato é que extrai muito pouco ou nada da proposta de Ceylan. O cinema do turco é frio demais e por vezes distante.
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09/06/17 - Bastante reflexivo, com bela fotografia. Porém, seria mais interessante com 30 minutos a menos.
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Sugere a todo instante a anti-narrativa atribuida a Antonioni. Me dou a liberdade de empregar outro termo a Anatolia, anti-trama, Ceylan não quer filmar a historia, ele capta os contornos que se escondem por trás do enredo.
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Nada grita mais alto que o silêncio, grita esse (sóbrio) filme o tempo todo. O cineasta aqui, um manipulador nato, tem uma confiança imbatível sobre o que irá enquadrar, quando, como e por quanto tempo suas imagens permanecerão em voga. Ótimo filme.
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Um dos mais intrigantes que assisti - e também vazio.
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Remetendo à outros grandes filmes de confinamento e grupos (principalmente de homens), Ceylan é sútil e preciso: tanto na essência dos personagens como na constituição complexa de sua história. Pra ser revisto.
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Apenas algumas opiniões esparsas sobre relacionamento humano preenchem as 2 1/2h do filme. Ideal para críticos especializados encontrarem milhões de metáforas nos longos planos silenciosos e sem vida, literalmente no desfecho.
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Exige a observação paciente e a atenção acurada para um enredo que permanece aberto a inferências. A incomunicabilidade e o desconforto com as divergências também surgem nesse lento percurso magistralmente fotografado.
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Aridez e cadáveres ocultos, em um mundo melancólico e decadente, onde o inferno maior é vivido não pelos que praticam a violência, mas pelas pessoas ao redor. Uma espécie de "Onde os Fracos Não tem Vez" turco, filmado de forma brilhante por Ceylan.