O jogo de perspectivas alteradas e o sarcasmo do subtexto garantem uma experiência narrativa deliciosa, que decompõe as personalidades de pai e filho nas suas nuances complexas. A sequência da reunião em que se tenta desfazer o engano quanto ao prêmio é, no mínimo, sensacional.
A batalha entre pai e filho é apenas fachada para a crítica ao cenário acadêmico, terra de grandes egos que lutam por prêmios e prestígio, regados a muita mesquinharia e inveja. A trilha pastelão é irregular, mas o roteiro e a montagens são primorosas.
Com boas atuações e um roteiro que explora bem a relação entre pais e filhos, quando um deles é famoso, o filme prepara o espectador para o grande final que, infelizmente, não acontece, preferindo a simplicidade tradicional do "tá, mas e daí?" Uma pena!
Direção de arte, fotografia, trilha sonora e diálogos hollywoodianos em demasiado. Mas o roteiro é bem construído e a atuação de todo o elenco é excelente. Aspectos negativos da academia e a vaidade dos cientistas problematizados em grande forma.
Na vida de um filho, a figura do pai surge como o outro, aquele que vai quebrar seu vínculo aparentemente eterno com a mãe. Além de progenitor, é um rival, segundo pensamento bem freudiano. O filme explora esse embate e todos os pormenores dessa relação.