Há o processo histórico. Há o homem em busca do olhar perdido. Há uma rememoração da imagem. Há o tempo que flui embalado pela eterna tragédia das guerras, dos povos que se matam por diferenças irrisórias e políticas estúpidas. A história se repete, existe todo um desencanto na humanidade, a barbárie ainda é a grande carta do baralho. O homem desaparece, seguirá ligado às memórias, é tudo que lhe resta. O lamento é a verdadeira música de todas as épocas.
Angelopoulous aproxima seu cinema ao de Tarkovsky ainda que sua proposta não seja nunca espirutual.A odisséia de Ulisses em busca de um registro histórico que não deveria conter imagens, apenas um buraco negro,o olhar que deveria ser apagado da humanidade
Bem diferente de Tarkosvky, o grego tem controle da tomada e do plano para quem sabe nos liberar à liberdade de sua bela imagem, mesmo quando a esconde.