- Direção
- Kenji Mizoguchi
- Roteiro:
- Monzaemon Chikamatsu (peça), Matsutarô Kawaguchi (adaptação), Yoshikata Yoda (roteiro)
- Gênero:
- Drama, Romance
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 102 minutos
- Prêmios:
- 8° Festival de Cannes - 1955
Lupas (11)
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Existe um controle maior da decupagem nas cenas que ajudam a estabelecer uma atmosfera de cinismo e falta de humanidade em quase todos os que cercam o casal protagonista. Já na evolução do romance em si, Mizoguchi é mais econômico, resolve tudo em poucos planos e dá mais espaço à pureza que nasce dessa relação que contrasta com a atitude geral do restante dos personagens.
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O cinema passional de Mizoguchi oferece momentos como os desses amantes acidentais, cuja trajetória iniciada com um engano acaba se modificando, mas pouco se pode fazer a respeito. Em paralelo, um olhar sobre a burguesia nascente e sua força econômica, bem como uma leve crítica ao machismo vigente.
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Outro Mizoguchi impecável.
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Melodrama competente, bem esmerado tecnicamente e com uma crítica pesada ao papel submisso da mulher e das relações de poder entre o universo masculino e feminino, tema este que é bastante recorrente na filmografia de MIzoguchi.
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Mizoguchi faz a partir duma peça de bunraku do mestre Chikamatsu sua obra prima! Aqui está o seu retrato social mais denso, de relações de classe, do Estado, da vida humana no Japão do século XVII, tudo isso num ritmo envolvente e com toques de humor.
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O roteiro aparentemente simples e novelesco na verdade trás toda a complexa relação humana baseada em hipocrisia e sordidez. As atuações são eficientes, ainda que teatrais e a edição ágil ajuda a camuflar as inconsistências, mesmo com o desfecho fraco.
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Não deve haver final mais amargo - e ao mesmo tempo tão cativante - quanto o de ''Chikamatsu Monogatari''. É o amor sendo tratado com todas as singularidades que tal sentimento é capaz de provocar. A obra de Mizoguchi é sempre um alento.
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Lupinha do Lazo já diz tudo!
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Um filme simplesmente a frente de seu tempo, em todos os sentidos. FILMAÇO.
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1954 foi realmente um ano inspirado para Mizoguchi, rendendo-lhe dois de seus melhores trabalhos: este Amantes Crucificados e o fantástico Intendente Sansho, ainda imbatível.
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Mizoguchi é um dos melhores diretores que este mundo conheceu. O clima que ele dá as suas histórias é de primeira. O casal desse filme foi explorado e desenvolvido de forma pouco vista.