Lupas (11)

Numa interpretação horizontal, uma obra que questiona a ética e a liberdade de duas pessoas que se desejam. Numa interpretação vertical, uma releitura dos mitos e do sagrado incesto. Numa interpretação diagonal, Louis Malle pleno transitando livremente.

18/06/11 -Malle retrata de maneira sensível e delicada, a perda da inocência e o incesto, inspirado livremente nas memórias do diretor. O protagonista encara os problemas e descobertas da adolescência de maneira prazerosa, o que é raro em adolescentes.

Malle trata um assunto absolutamente polêmico e de tabu como o incesto de uma maneira quase orgânica, natural e de um carinho recíproco que só o intensifica. É raro ver no cinema algo tão corajoso e que possa ter tantas possibilidades de discussões.

Polêmicas à parte, o que mais me encanta no filme de Malle é exatamente a primeira parte,da convivência em família, da deturpação dos três irmãos,suas travessuras e deslizadas,fugindo dos convencionalismos a respeito da rigidez educacional da década de 50

Não há nada explícito, há muita coisa nas entrelinhas dessa crítica à sociedade burguesa na França, e também estudo sobre adolescência (parece ter sido um dos temas que fascinaram Malle), que choca por lidar com vários tabus, principalmente o incesto.

Bom filme .

Perturbador, incomoda, porém, tratado com muita competência por LOUIS MALLE

O personagem Laurent afagado demais é chato, sua mãe sutil e despretensiosa deixa a desejar quando é levada a pífia conclusão da película. O que fica é o contraste de uma família burguesa bizarra que busca seus moldes no requinte da sofisticação.

O incesto visto de modo carinhoso,com respeito e sendo importante à mãe e filho. Obrigado Louis Malle !

Qual é o quarto da Daphnée?

O roteiro abre diversas ideias, sem concluir satisfatoriamente nenhuma delas. O desengonçado personagem principal é chato e pedante; e não é possível que ninguém lhe aplique um "corretivo" durante todo o filme! E o final abrupto é ridículo!