Nem esperava por muito, mas o resultado entregue por Martin Ritt que por sinal deixa a história fluir naturalmente para que todo seu elenco segure a bronca e assim o faz com muita competência. Talvez o final um tanto corretinho e feliz demais seja inapropirado para um conto que prima pelo desejo e ganância inescrupulosa do homem. Paul Newman e Orson Welles dão show,
O elenco contou com três vencedores do Oscar: Paul Newman, Joanne Woodward e Orson Welles; e três indicados ao Oscar: Anthony Francoisa, Lee Remick e Dame Angela Lansbury, acumulando impressionantes dezenove indicações entre todos os seis.
Belo romance do Faulkner, retrato social de uma elite agrária interiorana e com visão interessante de patriarcado. Um personagem foda nas mãos de O. Welles, que arrebenta em cena. Conservador, de certa forma questiona a valores da esquerda.
Martin Ritt, conciso, deixa o filme para os atores. E o resultado é satisfatório, pois a trupe não é qualquer. A química entre Paul Newman e Joanne Woodward é algo digno de Humphrey Bogart e Lauren Bacall em "To Have and Have Not", transcende a tela.
Quando Newman diz a Woodward : "Nós vamos nos casar" a tela desmancha,a vida surge e o sorriso vem.Um casal que só faz amar cada vez que estão juntos.A cumplicidade transparece,sobrepõe o talento.
O calor sensualiza,o texto brilhante fortalece.Gigante.
Um conto onde os piores sentimentos humanos se interligam para o sucesso afetivo, mas infelizmente Ritt não acerta na maior parte do tempo. Newman está bem, mas quem rouba a cena é Orson Welles.