Lupas (12)

Humphrey Bogart, Ida Lupino, noir, fatalismo, amor, tristeza e um cachorro.

Certas pessoas só encontram liberdade na morte. São condenados da vida, condenados por seus erros, condenados pelo meio em que vivem, condenados pela fúria do destino. A desgraça está escrita na cara deles. Os personagens de Humphrey Bogart e Ida Lupino se encaixam na descrição, tipos que nasceram no abismo, "que correm em direção da morte." Raoul Walsh é quem conta essa tragédia, ele usou a potência da imagem para trazer um pouco de compreensão a esses espectros amargos da condição humana.

Um enredo que prende a atenção e cenas muito bem dirigidas (a perseguição automobilística pelas montanhas não me deixa mentir), transformam "O Último Refúgio" em um filmaço.

Clássico noir com Bogart em alta performance. Impossível não torcer para que Roy e Marie escapem e encontrem a tão sonhada liberdade que os dois tanto procuravam.

Na estrutura não há nada de tão especial,mas quando se vê Ida Lupino e Bogart em cena e toda a excelência cinematográfica que trazem a cada minuto de tela toda a (aparente) simplicidade transcende. Qualquer sequência é marcante.Todo diálogo importa.

Não fossem as observações finais à despeito da liberdade, Seu Último Refúgio seria um filme padrão, comum dentro do gênero gangster diria até um pouco sem graça, mesmo considerando uma ótima construção de personagem.

Mais um filmaço de Walsh (obra divertida, angustiante, cheia de grandes momentos,Ida Lupino e Bogart matando a pau, etc)!

Um bom filme, embora tenha envelhecido pela ingenuidade de algumas situações. A atuação e o personagem de Bogart valem a pena, e a cena final na montanha também merece destaque.

História sobre esperança e ilusão. Ida Lupino está impressionante e o final nas montanhas é um grande clássico.

Grande filme. Suas sequencias são inesquecíveis para o cinema; a perseguição, a caçada na montanha, os temas... clássico.

13/05/10

A monumental sequência da montanha, no fim do filme, resume a grandiosidade desta obra de Walsh.