Interessante, também é montado na moda da época (os flashbacks após um prólogo), mas os intercala. A história não é muito forte, mas tem sequências boas ali no cubículo daquele quarto.
O homem comum (ou a mulher) vítima das pedras do destino, da indiferença do mundo, da solidão da sarjeta, de um ideal de pureza que não serve a condição humana. Parece que só lhe resta a tragédia. O plano final é um dos melhores da história do Cinema.
Perfeito do início ao fim. Apesar de todos os clichês do Realismo Poético estarem presentes, o filme se desenvolve magistralmente através do uso de flashbacks intercalados, aumentando gradativamente a tensão até o trágico final.
Filmar o exílio de um homem a partir da claustrofobia interna do ser, num pequeno estudo sobre as consequências da vida nas cidades grandes. Ótimo trabalho de edição. Jean Gabin, fenomenal.
Um filme que mostra bem o realismo poético típico da Nouvelle Vague, sendo aqui um dos melhores trabalhos de Carné e Gabin, com um final simplesmente perfeito.