Refn criou em sua estréia um personagem que entra em um espiral de desgraças e descontrole sem volta, mostrando o pouco usual submundo dinamarquês bastante escuro, violento e sujo.
Filme indie moderno de boa qualidade. A estética crua (seria inspiração do Dogma95?) é eficiente e contribui para um realismo de bom nível num filme de gênero que explora o submundo. Une boa direção e bom roteiro.
O universo violento de Refn era iniciado, a intensidade que lhe acompanha até hoje, ja era presente, mas nada aqui dava pistas de que faria grandes filmes na posterioridade.
Nascido do underground e indie, Refn faz de sua estréia um thriller de estética do real e sujo, de um anti-herói sufocado, por dívidas e solidão, explosivo e desesperado, de fúria silenciosa e tensão acumulada, que estouram em descontrole e violência.
Uma sucessão de obviedades,permeada pela sucessão de erros que leva o personagem, a se perder numa acumulação de cenas de violência que primam pela crueza. Violência que funciona não como uma forma de observação crítica de uma realidade e de seus agentes.
Difícil encontrar algo de positivo nisto aqui: as atuações são péssimas, a direção e o roteiro praticamente inexistem, os diálogos são retardados, e os enquadramentos são tão ruins que até um drogado manejaria a câmera de uma forma mais acurada .