Lupas (11)

Andy, sou seu fã, mas esse foi demais pro meu QI!

Quatorze minutos de puro tédio.

Trabalho inicial digno e até certo ponto interessante.

O tema é interessante mas a execução é simplória - o velho e bom codex que não me deixa mentir.

Densa, a obra de estreia de Andy Malafaya não nos deixa enganar: a solidão e a angústia podem trilhar de mãos dadas um caminho sem volta rumo ao conformismo social, e o isolamento mental pode transcender para o campo físico de forma implacável. Reflexivo.

O objetivo de Andy ao fazer o filme foi claramente fazer o expectador pensar. E nisso ele acerta em cheio. Digerir esse filme requer delicadeza. Talvez pela obviedade do rumo do curta, pelo menos pra mim, o impacto não tenha sido tão grande. Belo pontapé.

Mesmo com uma construção frágil de idéias, sobre o vazio da vida moderna nas grandes cidades, e possuindo muito dos clichês indies, Malafaya realiza um bom curta, hipnótico, com aspectos técnicos impressionantes para um primeiro trabalho.

Incrivelmente bem realizado. O que torna essa vinheta da MTV pragmática é sua condução narrativa confusa e vazia. Pode dizer muita coisa, da mesma forma que não almeja significado algum.

A câmera sempre estática e os takes sempre longos captam a solidão e o vazio de forma reflexiva que nos concede tempo de adentrar no mundo isolado do aflito personagem,que caminha pelas ruas vazias na esperança de encontrar sua platéia,seu motivo de viver

As imagens do Rio de Janeiro sem pessoas, mas sujo, com o lixo espalhado, sinal de gente ali outrora, no final do curta, são fortes e belas.

É meu, né? rs