Sollima aposta no conflito humano entre brutalidade e civilidade mas carrega seu filme com uma transformação nada crível de seus personagens. Ainda que sejam pautadas por grandiosas atuações, talvez a maior que já vi de Volonté, ainda sim é muito difícil engolir as motivações de seu personagem.
O bandido selvagem e o nobre professor de História entram em choque, depois se tornam camaradas e, por fim, acabam por trocar de lugar. No emaranhado da condição humana; barbárie e civilização como um todo se desarrumam e se desorientam. Belo Spaghetti!
A premissa inicial promete algo bem interessante com a união entre um prof de História e um líder rebelde, mas após a virada do professor e a trama vai pra um caminho mais comum. Ainda assim é um bom roteiro, tem carisma e uma direção bem acima da média.
Ao ver seu violento estilo de vida emergido na personalidade plácida do professor, Bennett sucumbe. Acima de tudo, um filme espelho sobre atitudes humanas, onde a justiça e o remorso são os carros-chefe para a reflexão.
Tem um foco maior na construção dos personagens, o que é meio estranho para um spaghetti, quebrou um pouco minha expectativa que era de ver aquelas cenas grandiosas iguais as Keoma ou Três Homens em Conflito.
Sollima conta aquilo que todos já conhecem, só que de uma outra forma. São em momentos como este, principalmente, onde conseguimos captar os verdadeiros gênios do cinema.