Cruzando seus personagens com números musicais burlescos e uma aventura revolucionária, Louis Malle dá vida a um filme, na mesma medida, divertido e bonito. Todo o elenco de coadjuvantes é consideravelmente carismático, mas o grande destaque vai para a sintonia em que se encontram Jeanne Moureau e Brigitte Bardot, uma dupla que nunca se deixa ofuscar e encontra seu brilho tanto nos palcos, seminuas e dançantes, quanto empunhando armas no meio dos bombardeios, promovendo a destruição com classe.
Delícia de filme! Uma brincadeira ingenua e divertida unindo a formosa dupla Brigitte Bardot e Jeanne Moreau, as duas maiores estrelas fancesas na época, numa mistura divertidíssima de faroeste, musical de cabaré e filme revolucionário parodiando Viva Zapata!. Muito bem produzido e de belas imagens. Destaque pra sequência da revolução final, bem construída e engraçada, com a participação de todos os membros do grupo e o padre oportunista se dando mal de maneira exemplar.
Visualmente é um espetáculo, funciona nos momentos de perversão e depravação social mas confesso que o segmento revolucionário me desinteressou e foi aos poucos se tornando tolo. Talvez seja uma forma de humor que ficou para trás ou talvez não tenha funcionado comigo.
Ao estilo "Cinema Novo" (mas sequer com uma "ideia na cabeça"), o filme engata várias sequências aleatórias, com surrealismo, simbolismo e um monte de asneira sem sentido. E o elenco, totalmente perdido no meio dessa miscelânea toda!