Não é o filme definitivo sobre as guerrilhas urbanas das décadas de 1960 e 1970 (haverá um?); mas é uma das obras mais inteligentes e reflexivas deste período histórico. Com uma excelente trilha-sonora, é uma pena que opte pelo filtro amarelo/vermelho nos locais do Oriente Médio.
Sua luta pelo socialismo degenera em luta pela sobrevivência ou em terrorismo mesmo: é essa trajetória que o filme reconstitui de maneira exemplar, seja pelo rigor, seja pelo talento. Filme raro.
Além de realizar um estudo psicológico denso dos personagens, Assayas traça um interessante painel político e histórico sobre o decorrer e o pós Guerra Fria.
Sólido, envolvente e com belissímas atuações - Edgar Ramirez sem falhas, é claro. Porém, carece de momentos extraordinários por uma condução de empecilhos factuais e pela natureza televisiva.
Observar a devoção e o incrível detalhismo que Assayas deposita em sua produção é algo louvável. E.Ramírez personifica de maneira extraordinária o revolucionário Carlos. Em função dos cansativos 324 minutos, o longa, consequentemente, perde intensidade