Um tanto arrastado, mesmo para os padrões ozuanos, acaba cansando um pouco quando vai se aproximando de uma hora e meia. Ainda assim, é um enredo curioso e esse mover vagaroso explicita algumas nuances dos casais envolvidos na cena.
Yasujiro Ozu dominava como poucos a arte de extrair poesia dos momentos mais prosaicos da vida. É só pensar na cena do casal preparando comida na parte final do filme. É um instante de descoberta, felicidade, amor e esperança. Os problemas continuam, fazem parte, mas sempre podemos caminhar juntos em busca do melhor. Bom filme!
A sutileza de sempre de Ozu e Kôgo Noda no tratamento das relações familiares. Aos olhos feministas de hoje o filme pode causar revolta, mas não há como não se comover c/a beleza e grandeza desse afeto nesses valores tradicionais japoneses. Filme q trata da chegada da cultura ocidental afetando esses valores na personagem da Taeko, e suas amigas, contrasteando c/ o casamento arranjado da sobrinha. Mas é claro q c/ Ozu o amor familiar edificante vence no final, e é uma delícia de acompanhar.
Não é dos cimeiros de Ozu.
Muito interessante como sempre, inclusive com diálogos libidinosos velados.
A sequência final, que justifica o título é maravilhosa. A reconciliação arrumando a janta, falando da rotina e sentindo na resignação.
Por vezes teimo em achar que Ozu se repetia demais, por outras penso que seus dilemas são sempre envolventes e trazem uma perspectiva cheia de dualidades, de fato como costumam ser os dilemas que envolvem os homens. Todavia este não me encheu os olhos.