A cada filme que assisto do Rivette chego mais perto da conclusão de que ele é o diretor mais monótono e vazio da história do cinema. Indiscutivelmente é um dos mais chatos e verborrágicos, mas diferente de um godard com texto lamentavelmente ruim.
Tragédia edificante, ficção solta ao acaso de alucinação quase perpétua, mas a realidade vem e a certeza irremediável é a morte. O amor de Rivette ao noir americano está na iluminação (a exibição de "Metrópolis" reforça isso) e no imbróglio do enredo.
O primeiro longa de Jacques Rivette é uma obra amarga, minimalista; um infortúnio de pessoas incapazes de serem parte do todo. Elegante - com aquele frescor típico dos primeiros trabalhos da nouvelle vague. Bela porta de entrada a obra do diretor francês.
A duração vai contra a verborragia de Rivette, além de um novelo narrativo incômodo ao sensorial que pretende extrair apenas de uma atuação coletiva distante; um bando de manequins apáticos. Obra linear em excesso, não afunda nem faz voar.
Jacques Rivette é um dos cineasta mais regulares de todos,seus filmes sempre são interessantes,de personagens bem explorados (muito pela metragem) e roteiros criativos.
A paranóia sobre a Guerra Fria nunca foi tão bem exposta como aqui.