Três horas e vinte de um pacifista tendo sua moralidade testada fortemente em um campo de trabalho forçado japonês durante a Segunda Guerra - Kobayashi, como sempre, potencializa visualmente cada dilema e cada luta ética vivida, recheando a longa duração com vários momentos marcantes. No tormentoso mar de estupidez bélica, difícil ancorar o mínimo de dignidade. E como diz Lady Macbeth: 'o que está feito não pode ser desfeito' - as marcas perduram.
Tem algo de redundante em sua prolongada duração todavia seu perfeccionismo técnico aliado à uma mensagem antibelicista das mais cruéis sobre o pequeno poder do homem frente à maldade eleva a obra à um status de relevância para eternidade da humanidade.
Primeira parte da trilogia antibelicista de Masaki Kobayashi, "Guerra e Humanidade" é um filme humanista, angustiante e impressionante. Uma verdadeira lição sobre como o imperialismo leva ao horror, a banalidade do mal, a exploração e covardia. Grande!
Não é o melhor cinema de Kobayashi (embora foda!) mas certamente é seu testamento + importante pela grandeza, semelhança biográfica e visão humanista. Nessa primeira parte vemos um bom retrato do período e as contradições colocadas p/ um Kaji amadurecendo
Conto muito bom sobre a barbárie e a crueldade da guerra, explorado até o limite e foco em poucos personagens. Amplia o tema colocando a prostituição.
Não é tão ágil como outros de Kobayashi, nem é pelo tamanho. Algumas sequências são meio repetitivas.
O perfeccionismo técnico do diretor pode ser sentido em cada frame, meticulosamente planejado, das quase 3 horas e meia de duração, que passam rápido. Este episódio prescinde dos demais, já que possui começo/meio/fim. É o melhor da trilogia.