- Direção
- Kaneto Shindô
- Roteiro:
- Kaneto Shindô (escritor)
- Gênero:
- Fantasia, Terror, Drama, Romance
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 99 minutos
- Prêmios:
- 21° Festival de Cannes - 1968
Lupas (14)
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A trilha com instrumento de sopro, a escuridão abundante, a névoa misteriosa e a quase personificação da vegetação, que parece sempre abrigar o sobrenatural (tal qual em Onibaba), fazem deste tétrico conto de vingança gótica mais uma aula de Shindô.
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Visualmente me parece indiscutível que o trabalho de Shindô é primoroso, misè-en-scène elegante, onírica e soturna. Todavia, confesso que o enredo e a trama fantasmagórica não conseguiu me impactar, nem ao menos me incomodar.
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Um legítimo cinema fantástico japonês, que nos deixa congelados na cadeira, com sua trilha sonora tenebrosamente envolvente, e um par de momentos angustiantes. Mas tive a impressão de faltar algo a mais, para a conclusão da história em seu terço final.
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Eis um contrabandista em ação. Cinema moderno, de gênero, fiel às novas ondas. A mise-en-scène remete-me, muito, a Glauber Rocha, sem que este necessariamente tenha o influenciado. Mas nos dois terrors famosos do diretor, não me envolvo tanto com a trama.
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Excelente uso do P&B, carrega toda a beleza característica dos filmes do diretor, oscilando entre grandes momentos (principalmente as passagens oníricas), com outros mais mornos. Inferior a "Onibaba", mas vale a pena ser conhecido.
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Mise en scéne extremamente tenebrosa e atmosférica (de um classicismo lindo tbm), dando espaço para um redemoinho de emoções (medo, paixão, mistério, horror) que culmina em um drama dos mais angustiantes. OP!!
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O tema vingança geralmente rende histórias satisfatórias, independente de roteiros fracos, mas este não aproveita a boa ideia inicial (vingar-se de alguém, além de inocente, membro da família), e se enrola em folclores, sem concluir nada adequadamente.
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24/06/15
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De uma história clássica da cultura nipônica, Shindô extrai uma obra-prima que mistura desde samurais à espíritos demoníacos em busca de vingança; ou talvez um grito por justiça à favor das classes menosprezadas.
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Muito bom filme .
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Shindô filmava horrores com mitologia própria, e para isso criava uma mise en-scène própria. A evolução natural de "Onibaba". FILMAÇO.
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Há um forte tom poético no horror visual criado por Kaneto Shindô. Poesia melancólica, cruel, que acentua o terror criado pela guerra! Como diz um samurai em determinado momento ''ocorrem coisas muito estranhas num país devastado pela guerra''!
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Tem um argumento interessante, porém torna-se repetitivo em seu desenvolvimento, descambando em um romance fajuto em seu terço final.
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Um início marcante estabelece a história, logo após vem um segundo prólogo muito interessante explorando o sobrenatural com perfeição. Mas acontece uma repetição esquemática que mata o ritmo. Se o visual é impressionante, assim como a típica naturalidade japonesa entre fantasmas e humanos, o roteiro pobre tira muita força. Há um escancarado buraco no final.