- Direção
- Béla Tarr
- Roteiro:
- László Krasznahorkai (romance), Mihály Vig (argumento), Péter Dobai (argumento), Barna Mihók (argumento)
- Gênero:
- Drama, Comédia
- Origem:
- Alemanha, Hungria, Suíça
- Duração:
- 450 minutos
Lupas (13)
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Minha primeira experiência com o cinema de Béla Tarr é muito exaustiva. Claro, um filme de 7h30 proporciona isso, mas é na escolha do diretor por longos planos que na sua grande maioria não dizem nada e apenas enchem a tela com movimentações que vai a maior crítica ao filme. Na odisseia de uma comunidade por uma vida mais digna e sua relação com um homem em que duvidamos de sua confiança ao gerir toda a renda do grupo, vale por meio de discussões, o destaque do longa. Além da ótima fotografia.
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Que tem alguns momentos de uma áurea unica, isso é verdade. A degradação da vila e de seus personagens. Mas a experiencia como um todo é estafante demais, presa em momentos que não validam tanto o seu tempo, em planos que vão de lindos a insuportáveis. Tem seu ápice no capitulo da garota, mas tirando isso e alguns outros bons momentos, nunca mais passo perto...
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Imagens que são evocativas do desespero, perda da esperança, desolação da pobreza. Filme de um existencialismo cruel, uma decadência sem fim; horror e misticismo que se escondem no nevoeiro, na chuva incessante, no olhar vazio dos personagens. Obra-prima!
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Meu primeiro contato com o cinema de Béla Tarr e posso dizer que o respeito imensamente desde já. A fotografia e a hermeticidade de sua câmera são fascinantes. Seu ritmo e alongamento de tomadas nem tanto.
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Trilha, atmosfera, fotografia, enfim, a parte técnica funciona. Agora, o fim do comunismo na zona rural húngara poderia ser contado de uma maneira bem mais enxuta e com menos momentos desnecessários, pois isso diminui e muito a obra.
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Belíssimo, arrebatador, hipnotizante e visceral, o filme monta um retrato devastador da Hungria rural pré-colapso do regime comunista. Seria uma verdadeira obra-prima se não fosse pela duração excessivamente longa e a quebra de ritmo entre os capítulos.
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É ousado, minimalista e lindíssimo; só não é a obra-prima que gostam de dizer que é. Sátántangó poderia ir muito além se soubesse preencher os seus silêncios redundantemente vazios. Serve como um bom épico celestial apocalíptico e desolador.
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A câmera de Tarr explora uma terra devastada. Já semi-habitada por uma sociedade caoticamente desconstruída pelo passado de conflitos e o ponto derradeiro do comunismo húngaro. Resultando em uma pane desumanizadora. Assolador, no mínimo.
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Roberta Miranda disse tudo.
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Entre céu e inferno, o barroco da vida.
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O Fast Forward nunca foi tão útil.
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AAAAAAAAAAh! Com metáfora ou sem sobre a miséria comunista, é um filme lento demais, uma tortura. E o eterno tic-tac de algo batendo sempre é insuportável! A duração engana, pois o roteiro é tão sem conteúdo que não serve nem como minissérie.
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Visualmente impressionante, são muitos planos marcantes. As longas tomadas e movimentações na tela são fascinantes mesmo. Mas a história é fraca, bem vazia, quase inexistente. Faltam detalhes e peso que elevariam o nível bem mais. Que cena maravilhosa é o longo toque do sanfoneiro para os bêbados dançarem - imagens que grudam absurdo, jamais esqueci alguma.