- Direção
- Kenji Mizoguchi
- Roteiro:
- Matsutarô Kawaguchi (roteiro), Shôfû Muramatsu (romance), Yoshikata Yoda (roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Japão
- Duração:
- 142 minutos
Lupas (12)
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A arte de Kenji Mizoguchi é muitas coisas. Sofisticação da câmera que leva a composição de uma sublime fluência narrativa - o ato de contar histórias se torna ainda mais transcendente e humanista. Emoção, contemplação, construção de significados em torno da complexidade da natureza humana. É a sensibilidade da vida em sua plenitude e paixão, em sua tristeza e sacrifício, em sua beleza e horror. Um mundo universal e singular, revoltante e iníquo, poético e absurdo, o mundo real de todos os dias.
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"Outra joia lapidada por um dos maiores ourives da sétima arte. Perfeita!"
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Há um vácuo enorme no roteiro, seu desenvolvimento lento coloca a história numa posição inexpressiva, de um subtexto pobre. Qualquer tentativa de analisar a tradição japonesa é nula, pois é tudo simplesmente enfadonho; o ritmo, o roteiro, as atuações etc.
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Mizoguchi surpreende por ser um pouco ambicioso por demais na proporção que seus temas tomam, aqui. Um salto olímpico na sua carreira, de qualquer forma, rumo as futuras perfeições de "Lua Vaga" e "Sansho".
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Aquela sensação de ler um romance dos grandes, história grandiosa, mas em relação à profundidade do retrato social, Mizoguchi viria a produzir obras mais profundas. O lance dos grandes plano sequência é interessante, mas não me causou grande impacto.
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Em um tradicionalista Japão do século 19, vimos a tentativa de ascensão de um homem com a ajuda incondicional de uma mulher representando toda martirização e diminuição das mesmas perante essa sociedade.
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O militarismo obrigando Mizoguchi a colocar um personagem masculino como protagonista não tira o brilhantismo da criação de um personagem sensível, numa luta desigual, absolutamente linda de se ver. Um espetáculo.
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Drama elegante e forte, em que os personagens lutam uma luta sem esperança contra o aprisionamento pela classe social e gênero, restando ao fim como grande prova de amor o sacrifício da mulher,que é representada como o alicerce de todo o sucesso do homem.
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07/09/13
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Maior que a própria arte. Exagero?
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É imprescindível ter sempre ao lado alguém que nos dá valor e reconhece em nós virtudes que, sozinhos, talvez nem enxergaríamos. Ao voltar sua atenção para o tema, Mizoguchi constrói um enredo de emoções tenras e celebra o amor incondicional.
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Considerando o rigor da cultura tradicional nipônica àquela época, é interessante a abordagem que o roteiro dá à escolha (de renúncia) que o ator faz, assim como da submissão feminina. É arrastado em algumas partes e abrupto em outras... Bom no geral.