Vem chutando tudo com uma frieza gélida tão atípica ao Western que impressiona. Um filme de duelos e embates construído não pela violência física e sim pela violência moral. Uma mise-én-scen muito bem trabalhada por de Toth e um grande trabalho da dupla principal de atores. Uma pena que algumas situações são um pouco ingênuas e o restante do elenco não faz juz aos principais.
Um dos Westerns mais sombrios e cujas decisões dos personagens são as mais difíceis, além de tudo tem o Robert Ryan arrebentando (o que é chover no molhado, aliás me parece o ator mais maduro pra retratar uma tensão psicológica clássica).
Western atípico, onde a iminência da violencia exala desde o primeiro diálogo e jamais deixa o filme, parecendo sempre ser deixada para a próxima cena, criando então a tensão entre os olhares que conduz a narrativa por si só.
André de Toth trabalha na construção de um clima estranho e sombrio, onde o branco desolador deixa uma impressão de tristeza e invoca a força implacável da natureza. É lugar onde os tiros não resolvem, a tensão vem do nada e os erros são trágicos. Ótimo!
É curioso como uma guerra muda a vida de um homem. Poderia ter ordenado a retirada, mas dava a ordem de ‘fogo’. Em West Point, decidi ser só soldado, sem que ficasse lugar para o ser-humano. Obrigado.
Dá pra sentir a tensão como um objeto entre os olhares,ações e (principalmente) temores dos envolvidos.Original em ambientação e resolução.
Não seria errado chamá-lo de noir do oeste,com as devidas adaptações é uma maneira de descrever essa perfeição