
- Direção
- Elio Petri
- Roteiro:
- Elio Petri (roteiro), Ugo Pirro (roteiro)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Itália
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 110 minutos
- Prêmios:
- 25° Festival de Cannes - 1972
Lupas (11)
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Os pesadelos pessoais se encontram com os interesses coletivos na sufocante câmera fechada de Petri.
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Daqueles filmes que tiveram relevância no passado mas nem me refiro à própria época que este mesmo foi lançado, talvez no começo do século anterior. Deve levar o orgasmo um bando de gente que tem medo e asco de trabalho. Mas o que mais me incomoda é que se trata de uma visão unilateral e exagerada.
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Utiliza um excesso os closes, provavelmente para demonstrar o quão sufocante é aquele ambiente, nem precisava de tal uso, pois o roteiro já deixa isso claro. Uma pena o filme não empolgar, mas a mensagem foi exposta de forma eficiente.
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Alguns dos closes mais sulfocantes são feitos aqui por Petri, apoiado num Volonté entregue, grande ator. Metaforiza bem o caos individual e coletivo dos operários, apesar da prolixidade em diversas passagens desgastar a narrativa.
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A máxima de Engels produzida em filme; ao contrário do evolucionismo, o homem trabalhador vai se tornando cada vez mais mecânico, cada vez menos homem e cada vez mais animal.
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Absolutamente bem-feito, energiza com a constante falação e a atuação soberana de Volonté. Relembra a vida dura dos operários de ontem. Só que haja saco pra aguentar tanta gritaria, tanto protesto de uma vez só.
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Meu exemplar favorito desse cinemão italiano político à flor da pele, parcial ao fluxo das pirâmides do mundo; banhado na ferrugem corrosiva - na revolta acumulada nas máquinas humanas do sistema. Volonté, força da natureza.
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A evolução de Tempos Modernos do Chaplin ao som catártico de Morricone. Uma dissertação social cheia de metáforas sobre o vazio e as opressões do operário moderno. "Nós ficamos louco pq temos pouco e ele pq tem demais" "abaixo o muro!" "fábrica de merda".
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08/05/11
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O indivíduo trabalha para comer. (...) A comida desce e aqui tem uma máquina que amassa. (...) O indivíduo é como uma fábrica! (...) Fábrica de merda! Frase dita por Lulu Massa no filme, significado; Muitos! Todos! Nenhum!
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Dentro do contexto da época, o filme faz bastante sentido. Mas hoje só ficam resquícios de panfletagem socialista - deve ser o filme de cabeceira de todos os petistas.