Como de costume consigo me prender a belíssima forma como Godard conduz sua câmera , fotografa a ação e enquadra o rosto sempre peculiar e charmoso de Anna Karina. No mais, o Pequeno Soldado, nos traz aquelas típicas filosofias politizadas de Godard que me geram uma preguiça e sono incontroláveis ainda que diga-se de passagem ele aqui é muito menos radical quanto seria anos pra frente, inclusive seu mote principal seria aqui uma crítica ao extremismo, digo, supostamente mesmo.
Qual é o tempo da ação? E o tempo da reflexão? Godard ("Fotografia é verdade. Cinema é verdade 24 vezes por segundo") realiza um filme político, antibelicista. Uma indagação pela busca e conveniência dos seres humanos por algum tipo de ideologia. Bacana!
Godard de narrativa mais sóbria e de teor politico mais evidente. É o diretor em meio a ideologias e falta delas, posicionado numa direita que já vê como fascista e flertando com o romantismo da esquerda. Mas Anna Karina, como sempre, rouba o filme pra si
A irresponsabilidade e indefinição política de "O Pequeno Soldado" (1963) é o retrato de uma geração que ainda não vivera sua "idade da razão", mas que já se projetava nela.