Lupas (10)

Durante um bom tempo o filme é realmente bem tenso. Cécile de France e Maïwenn estão muito bem, principalmente a primeira. Alejandre Aja tem uma boa direção. O grande problema do é o plot twist que é muito mal feito, jogado de qualquer maneira. Se não tivesse ele, o filme seria bem melhor. Pelo menos tem boas mortes e o gore é muito bem feito.

Dá vontade de quebrar a tela, mas o próprio filme já faz isso.

A reviravolta dos minutos finais é um erro gigante. Até ali, a construção do clima e os sustos bem inseridos tornam a experiência das mais envolventes, e é o que deve ser levado em conta na avaliação geral. Aja sabe por onde levar sua câmera e a fotografia em tons quentes ou sombrios potencializa a atmosfera de pavor.

A gratuidade em persona.

Visualmente belo e com tensão competente, o filme pouco a pouco vai se destruindo ao ser conduzido por uma das mais burras protagonistas já vistas, aniquilado sem piedade pela reviravolta ridícula do final, deixando o espectador em posição de idiota.

É tenso na maior parte do tempo, o gore rola solto, e o jogo de perversões proposto é de derrubar paredes. O problema é a reviravolta final, não que isso importe muito, é que o filme a leva a sério demais.

Acerta em sua violência gráfica, mas erra em seu roteiro ridículo (O final não tem muita lógica)

Nunca me senti tão zoado na minha vida. O final mais idiota, burro e sem vergonha. Além de ser filhote no gore com uma ou duas cenas 'legais'.

O ótimo gore é engolido pela trama enlatada e apressada demais, que nos entrega a pretensão para a criação de surpresas dentro de um banho de sangue. O que o filme tem de melhor não foi bem aproveitado.

Aja é um dos últimos cineastas de hoje que consegue filmar títulos de terror A emulando terror B. Este é seu pior filme, mas está na média do cenário atual, e ainda assim seu maior erro foi simplesmente ter escolhido este filme para dirigir