- Direção
- Carlos Saura
- Roteiro:
- Carlos Saura (argumento)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- Espanha
- Duração:
- 110 minutos
- Prêmios:
- 29° Festival de Cannes - 1976, 35° Globo de Ouro - 1978
Lupas (13)
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A experiência na infância tendo de lidar com as complexidades da morte, em um cenário onde realidade e lembranças se fundem.
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A infância pode ser um lugar muito dolorido e escuro, do qual vêm lembranças que ressoam aflitivamente por toda uma vida. É dessa perspectiva que Saura apresenta sua protagonista, disposta a se abrir sobre o que outros prefeririam esquecer.
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Um filme de profundidade psicológica e de alma feminina. Tem tb um fundo político no retrato de mulheres destruídas pela lógica familiar e machismo do militarismo franquista. Recheado de personagens femininos interessantes, de várias gerações, cada uma com a sua forma de lidar c/essa lógica. E tudo pela ótica lírica de uma criança, cuja infância é manchada, e toda a sua fantasia, ingenuidade, maldade, suas traquinagens, num personagem super bem construído.
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As dores da infância e a sensação de vazio que a Espanha experimentou durante a ditadura Franquista.
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Interessante essa abordagem fria - quase amargurada - sobre a infância, em buscar de evidenciar a linearidade entre aquilo que éramos e o que somos. Mais poderosa que suas discussões, só a força de sua composição visual enquanto amplificadora disso tudo.
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A força das imagens desse filme é incrível. Até o modo de certos enquadramentos remetem a um filme narrado em primeira pessoa, antes mesmo de revelar isso expressamente. Triste, doce e meio macabro, tem sacadas geniais e dúbias.
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O que me impressionou é como Ana, mesmo com tantas amarguras não perde NUNCA seu instinto materno: cuidando do hamster, fazendo companhia pra avó, dando de mamar para a boneca. Ela está dando o que recebe: muito amor da mãe.
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O grande mérito fica por conta desta memória um tanto nostálgica, um tanto lúdica e um bocado entristecida da infância. É bonito, tem sentimento e faz deste filme um título honesto.
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Cria corvos e te arrancam os olhos.
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De formato ondulante, estabelece um vínculo reflexivo entre as memórias dolorosas e aquilo que foi absorvido ao longo do tempo. Além disso, dialoga bastante sobre os limites da moral, o certo/errado, a vida/morte. Determinismo?
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Excelente elemento da fase politizada do diretor espanhol Carlos Saura. “Cría Cuervos” faz da morte, tanto pela época quanto pelo argumento, o principal constituinte de seu âmago. Filmado durante os derradeiros dias da vida de Francisco Franco.
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06/10/09
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Bem interessante, bastante frio. Construção bem-feita das lembranças de uma menininha sobre aquilo que via - das andadas por aí do pai e sua morte traumática, os momentos ternos e conselheiros da mãe, cuja partida abalou profundamente. O olhar triste de Ana Torrent é impresionante. A música 'Porque te Vas?' é muito marcante.