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- Direção
- Roteiro:
- William Shakespeare (peça teatral), Jean Sacha (roteiro), Orson Welles (roteiro)
- Gênero:
- Origem:
- , , ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 90 minutos
- Prêmios:
- 5° Festival de Cannes - 1952
Lupas (12)
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Penso que tenho um bloqueio mental quando o assunto é texto Shakesperiano e o problema não está no texto, obviamente mas na minha pessoa e no meu pequeno apreço pelo inglês elisabetano que marca suas obras. Talvez funcione melhor como leitura do que em representação teatral ou cinematografica , o certo é que minha opinião neste contexto se torna irrelevante.
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Quando o filme estreou no Festival de Cinema de Cannes em 1952, o fez sob a bandeira marroquina, pois Orson Welles não conseguiu obter distribuição americana. Welles soube que o filme era o vencedor do Grande Premio do Festival de Cannes, horas antes da cerimonia, em seu quarto de hotel, ao atender pedido sobre o hino nacional do Marrocos para ser tocado na cerimonia como país vencedor e ninguém sabia qual era o hino de Marrocos, tampouco Welles.
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Mesmo com um baixo orçamento, Welles conseguiu fazer uma das melhores adaptações cinematográficas de um texto de William Shakespeare até os dias de hoje. O longa conta com boas atuações e direção inspirada, mas em alguns momentos peca pelo ritmo excessivamente frenético e que não deixa o espectador respirar depois de longos e rebuscados diálogos.
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Welles mostra um apuro estético e técnico incrível em uma trama marcada pela manipulação e envenenamento do caráter. Pena que toda verborragia arcaica torne tudo quase insuportável.
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Ótima adaptação, apesar de ser rápida demais, cabia mais alguns minutos - esses textos fascinantes! Welles era muito bom tecnicamente. Ritmo sempre acertado, ângulos envolventes, atuações fortes. Sua carreira, antes da velhice, é um bloco de maravilhas.
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Orson Welles era o rei do preto & branco!
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Adaptação clássica de Otelo p/ um gênio, o que esse cara faz com a imagem é brincadeira! "Vc não pode ser o homem dos sonhos dela, vc é um farsante, porque você é um mouro, e um mouro jamais será um cavalheiro. Você usa uma máscara. E a máscara errada."
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Orson Welles consegue remeter toda a energia da peça de Shakespeare através de um trabalho de câmera vertiginoso, claustrofóbico e simétrico (dentro de uma visão que orienta um labirinto de insanidade). É uma das grandes adaptações do dramaturgo inglês.
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Os conceitos imagéticos presentes na obra e a habilidade no uso dos recursos que tinha em mãos, seja pelo P&B ou nos movimentos da câmera, são o atestado da habilidade de Welles e, em certa dose, uma compensação à duvidosa aceleração imposta aos diálogos.
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Certamente uma das melhores adaptações de Shakespeare, com Welles conduzindo o filme inteiro com um carregado prenúncio de tragédia através de plongées estilizados, cortes rápidos em momentos-chave e tantas outras manifestações de sua criatividade.
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20/02/09
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Técnica: 10 Lógica artística: 10 Lógica científica: 9.0 Nota: 9.66