
- Direção
- Abbas Kiarostami
- Roteiro:
- Abbas Kiarostami
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França, Irã
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 103 minutos
- Prêmios:
- 47° Festival de Cannes - 1994
Lupas (12)
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Um experimento sobre como filmar a realidade, não sendo necessariamente realidade, mas algo próprio e diferente. Mas que também não é precisamente ficção, mesmo que seja, obviamente, ficção. Um tanto confuso? Não. Essa é a força do Cinema de Kiarostami, está tudo na composição, na melodia da paisagem, no diálogo entre as pessoas/personagens. O filme é sua história, seu processo de criação, as múltiplas interpretações que podemos tirar dele. Arte é um elemento vivo. É cultivar o singular.
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Alguém me diz que esse "diretor" está de zueira! Não sei nem se dá pra chamar isso de filme ruim, pois é algo ANTERIOR a um filme que se preze, e pior que ruim! Parece uma obra amadora vindo de uma mente perturbada ou quem sabe tentando fazer um filme cult pavoroso. Cult, 02-07-2020.
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Sensível e tocante.
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É impressionante como Abbas consegue falar com tanta qualidade sobre o cotidiano, aflições e sentimentos do seu País, e a o mesmo tempo seu próprio processo de filmagem. No fim você se vê e entende aquelas pessoas e o que o homem atrás das câmeras quer falar. Gênio Maior!
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Partindo de uma estética seca e arranhada, Kiarostami instaura, em seus primeiros minutos, o que seria o jogo narrativo do filme: a cena de apresentação do diretor/ator abre o embate entre ficção e realidade, que se manifesta como um caos no filme, pois se trata de uma dualidade que se mistura de forma totalmente agarrada. E prosseguindo com os embates, há a oposição não apenas da garota, mas da cultura local contra o rapaz, uma rejeição vinda do seio daquele grupo.
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Cada vez que reflito sobre este filme chego à conclusão que o amor platônico não correspondido é o de Abbas para o cinema. Talvez seja um retrato da desvalorização de seu trabalho para a opinião pública, a simbologia do eterno silêncio da garota.
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Com a calma e paciência de sempre, Kiarostami nos mostra uma história de amor não correspondido em meio a um caos social causado por um terremoto em uma terra já sofrida. Um fio de esperança existente ainda é melhor do que a certeza do não definitivo.
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A cena final, é uma das coisas mais maravilhosas desse mundo.
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Kiarostami é um dos poucos nomes do cinema que consegue mistificar uma cultura enquanto a torna universalmente plausível e humanamente louvável. A cena das oliveiras ao vento é belíssima.
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03/03/11
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Kiarostami usa o cinema como espelho para debater a paixão inflamada pela própria arte e pelo olhar que atordoa, chegando perto da filigrana do amor.
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Igual a todos os trabalhos de Kiarostami e exclusio para quem aprecia suas obras. Aparentemente, nada de roteiro e nem filmagens planejados, apenas situações que "vão ocorrendo" de improviso. Enfim, extremamente chato!