Quando Gary Cooper está anotando a gíria do jornaleiro, a marquise do teatro do outro lado da rua anuncia Branca de Neve e os Sete Anões (1937), uma piada interna que remete à inspiração do roteiro.
Talvez não seja tão engraçado ou divertido mas ainda é Wilder e Hawks balançando a estrutura do moralismo norte-americano em pleno código Hays e merece todo meu respeito por isso. O texto tem lá suas sacadas mas confesso achar um pouco aquém do que Billy WIlder costumava entregar.
O roteiro de Wilder deixou Hawks meio preso (não há tantas peripécias e nem a mesma dinâmica de outras obras), mas a miscelânea de gêneros e a execução precisa resultam em um filme raro (como Scarface e Big Sleep) na carreira do diretor...
Abusa tanto dos estereótipos que qualquer espectador ficaria constrangido. O roteiro é tão desajeitado quanto o protagonista. A ingenuidade da história é indesculpável; Hawks já fizera obras muito mais consistentes quase uma década antes.
Apesar do roteiro ser baseado na ingenuidade franciscana dos "bonzinhos" (principalemnte, com Cooper no mesmo papel de sempre: o abobalhado), totalmente inconsistente, incoerente e improvável, o filme consegue ser simpático, mas é só.