Há muitos maneirismos que mais atrapalham do que assustam ou adentram ao clima, e o pior para um filme de terror: muitas coisas ficaram datadas. No entanto, é inegável ser uma obra de arte.
Ken Russell transforma esse evento real, a famosa reunião na casa de Lord Byron onde Mary Shelley concebeu Frankenstein e Polidori o conto Vampiro, numa libertinagem regada a suruba, bissexualismo e muita droga psicodélica, onde toda a inspiração macabra vem de uma grande bad trip coletiva. UMa bela construção estética na arte gótica, recheada de diálogos poéticos, e uma putaria louca, liderada por um Byron sinistrão, como só ele sabe fazer. A cena das tetas de olhos é uma brisa sensacional!
Convite à filosofia e à Psicologia, pois discute a questão de como o moralismo tolhe impulsos humanos considerados normais, tornando-os reprimidos por uma questão de fato social, casais agregarem outras pessoas a uma relação sexual, bissexualismo, etc.