O tal vicio da protagonista que é tão bem construído no começo é deixado de lado no decorrer do filme. Realmente cai muito. Daí pra frente só acho legal a canalhice de literalmente todos os personagens.
Um giallo típico, apresentando uma sequência de assassinatos e levantando suspeitas falsas sobre alguns de seus personagens. As puxadas de tapete do roteiro fazem sentido e as atuações canastronas são características do pacote. É só saber embarcar nessa viagem, embora haja outros exemplares melhores.
Recheado de momentos angustiantes, como a cena da escadaria e do estacionamento, e outras completamente delirantes, aproveitando-se da beleza sem igual de Edwige Fenech, fazem deste giallo um entretenimento genuíno. Destaque ainda para o desfecho bizarro.
Se falta em Martino o apuro técnico do Bava, ele compensa com roteiros que fogem do lugar comum dos giallos. Talvez por censura, o título não tenha sido justificado, porém as cenas iniciais são memoráveis.
Um bando de personagens amorais e decadentes. Um filme de devaneios volutuosos. Sergio Martino procura equilibrar toda essa sordidez e psicodelismo em um jogo de intenções obscuras. Nada é o que parece, mas tudo é exatamente como deveria ser. Bom Giallo!
A primeira metade pode ser chamada de obra-prima, mas a segunda entra em um declínio qualitativo impressionante. De todo modo, é um Giallo fora do comum e bastante original, pena que a execução da idéia seja um pouco fraca.