Um pouco repetitivo para quem conferiu seu último documentário antes, mas ainda oferece achados deliciosos da vida e da carreira dessa saudosa sapeca, cuja criatividade e inquietude em nada combinavam com o esperado para sua idade. Os momentos em que se lembra com ternura de Demy estão entre os mais fofos dessa jornada.
Vardá caminha para trás e nos brinda com toda sua vida pessoal e cinematográfica de forma lúdica, cativante e bem humorada. Biografia cheia de imaginação que enche o espectador de vontade em desbravar toda sua filmografia. É o Oito e Meio de Vardá.
A eterna paixão pelo Cinema, perpétua dopamina intrínseca a tudo e todos que foram amados e inesquecíveis na prolífica vida de uma artista, em plena reconstituição da forma de seus passos na areia. FILMAÇO.
Um filme é a salvaguarda da memória. Varda, cineasta naturalista que é, nunca deixou o onírico se perder em nome da tal verdade ou de um realismo nefasto; ainda assim, interpretação dos sonhos não é creditada ao sobrenatural.