
- Direção
- Agnès Varda
- Roteiro:
- Agnès Varda
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 79 minutos
Lupas (10)
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Reflexões da Varda são sempre inspiradoras e cheias de sabedoria, colocando mais questões do que respostas. Aqui, sua reflexão sobre essa questão da vida monogâmica, da família tradicional burguesa, ao contrário do que se poderia pressupor, também defende a vida a dois (e também defende o outro lado, claro). Além da bela reflexão, tem as belas imagens bucólicas ao som de Mozart, c/lindas cores. Pena a personagem da esposa ter sido sacrificada, no sentido de ser superficial em prol da história.
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Um singelo desmonte dos ideais de família, através da trilha sonora e dos frames estonteantes.
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A excelente direção contrasta com um roteiro apressado e desinteressante.
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"Sou livre, feliz e você não é o primeiro; me ame”, diz Émilie. “Eu conheci Thèrese primeiro, e casei com ela, e a amo, e amo você e sou feliz. Se tivesse conhecido você primeiro, teria casado com você”, diz François. O que é felicidade? Ela pode coexistir com a felicidade do outro? Existe infelicidade na felicidade? Agnès varda e sua poesia estonteante, sem respostas. E não deve ter.
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E meu palpite é que em As Duas Faces da Felicidade a direção há algum tipo de conclusão sobre o que a verdadeira e duradoura felicidade realmente consiste (tão duradoura quanto esta vida pode oferecer de qualquer maneira).
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Um paraíso constante, sobreposição da imagem e o diálogo perfeito entre os planos. BELO!
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Agnès Varda entrega um filme delicado, sincero e comovente. Uma obra sobre a presença da felicidade, mas sem respostas, apenas deixando o caminho das coisas seguir sem complicações (algo tão comum na natureza humana). E que paleta de cores é essa!
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Contrasta seu lindo espetáculo cromático com um eixo moral questionável, resultando num equilíbrio narrativo frágil.
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se melhorar, estraga.
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27/11/09