Muitos afirmam que o Cinema silencioso havia atingido seu ápice em 1927/1928. A Turba corrobora essa afirmação. O melhor filme de King Vidor que eu assisti. A cena do diálogo rancoroso do homem para com a esposa é um de seus maiores momentos. Mais do que as fantásticas cenas na multidão filmadas com uma maestria impecável. King Vidor é um gigante (Borzage outro) esquecido pelas gerações atuais.
Que filme grandioso! Gracioso, engraçado... Um filme mudo de 1 hora e meia apenas, que fala muito mais do que 200 episódios dessas séries que estão na modinha. O casal de protagonistas arrasou nas caras e bocas. E mãos também!
+ em A Turba encontramos pontos de encontro entre o particular e o épico: um dos cernes sociais da carreira deste diretor e do cinema em geral, encontramos neste filme mudo, repleto de um furor narrativo.
"When John was twenty-one, he became one of the seven million that believe New York depends on them." Vidor mostra que o sonho americano não é pra todos, antes mesmo do Crash de 29. John Sims é só mais um na turba.
Várias das técnicas usadas no filme são funcionais ainda hoje. É um dos melhores exemplos de como driblar a falta de som e construir imagens,como ser teatral e emocionante.
Diz a lenda que King Vidor fazia filmes da seguinte forma: um para agradar aos estúdios, e então outro para si. Este é, definitivamente, um filme de King Vidor!