É tudo uma questão de encenação: a relação entre os personagens, e entre os personagens e a tecnologia/pornografia caminha numa linha muito frágil, que a qualquer momento parece pronta a se romper, fazendo tudo mergulhar no caos.
A história é interessante, bem contada (apesar de que no final fica meio exagerada) e relevante. Mas o grande destaque de Demonlover é mesmo o trabalho de câmera de Assayas, quase um espetáculo visual.
O mundo moderno, sem fronteiras e anárquico, representado pela concorrência - desleal - entre multinacionais do ramo da pornografia. Nada mais apropriado para um filme que transita do controle à submissão. O caos do nosso dia-a-dia...