Lupas (21)

É quase uma impossibilidade não ficar admirado com a atmosfera lúgubre que percorre aquele estranho vilarejo italiano. Lugar onde a mais inocente das ocorrências tem sua presença mórbida, sua poesia absurda, uma beleza estranha e deprimente. Certa capacidade de conjugar pesadelo e realidade desforme, de mostrar o lado mais grotesco e desajustado do ser humano. Verdadeira pérola de Lucio Fulci.

Mais um filmaço de Fulci. Ótimo giallo, um dos melhores que eu já vi. Mesmo as mortes não sendo mostradas ainda são muito chocantes porque são crianças. Aliás esse filmes está cheio de grande cenas. A direção de Fulci é ótima e o roteiro é muito bom. As atuações estão boas, mas nada além disso. Ótimo filme que prende do começo ao fim em mais um grande trabalho do diretor italiano.

E Fulci ainda dizia que seu melhor filme e mais pessoal... O que há de impressionante em um enredo de assassinatos em série e a presença do elemento da feitiçaria? Em vez de instigar, o desenvolvimento morno e óbvio dá lugar ao tédio.

O melhor do Fulci.

Talvez o melhor filme de Lucio Fulci. O estilo onírico do cineasta funciona em perfeita harmonia com o "gore", num espetáculo áudio-visual. A trilha sonora completa a obra, se destacando pela ousadia. O ritmo cadenciado o impede da perfeição, entretanto.

A nota alta se deve essencialmente pelo respeito que tenho por uma direção elegante e por movimentos de câmera muito bem pensados. Para um primeiro contato diria que o cinema de Filci passou por média em minha concepção de bom cinema.

Padrão Fulci de qualidade: exagerado, violento, trama rocambolesca (típico tbm do giallo) e uma direção criativa e alucinante. Florinda cai como uma luva na obra do cineasta.

02/07/17 - Este é o melhor giallo que vi até agora, com roteiro inteligente que mantem o suspense até o final e ainda faz uma crítica à hipocrisia da sociedade local.

Uma obra excelente,brilhante e maravilhosa,Fulci concebe uma película competente e dando uma aula artística.

O suspense se sustenta durante todo o filme, apesar de um ou outro mistério se mostrar obsoleto com o passar do tempo, mas independente disso temos uma mistura de ocultismo, religião, tabus e ignorância que nos instiga.

As cenas de abertura e do espancamento são ótimas; a sequência final, ainda que tosca, diverte, mas a sensação é que nunca alcança todo o seu potencial.

Meus olhos ficaram presos na tela.

Um dos filmes mais sombrios e bem desenvolvidos do diretor, com seu mistério cheio de horror e camadas, que vai nos jogando em suposições de quem seria o assassino e termina numa pungente crítica sobre crenças e seu poder de provocar atrocidades.

Fulci conduz a história com maestria, mantendo o clima de suspense do início ao fim. Os vários bons personagens e os subtextos, ainda que um pouco negligenciados, também elevam o filme, mas é sem dúvida o mistério central que prende o espectador.

O terror a luz do dia, a cidade ficando pequena, a narrativa bem propria com cortes secos que introduzem um ritmo curioso que alterna momentos brilhantes e a cada cena o filme se mostra ser extremamente atual. Dos mais completos filmes de Lucio Fulci.

Além da trama bem convidativa, o filme tem duas cenas em especial que são de uma beleza inacreditável, das melhores coisas que o cinema pode proporcionar.

Quase insuportável, algo que muitos terroristas do cinema tentaram fazer e que só Fulci atingia com tanta clímax nas suas escabrosas obras tão influentes.

Fulci mantém o desfecho imprevisível até o último segundo. Peca um pouco em tirar certos personagens da jogada sem uma explicação convincente pra isso, mas Fulci conduz com maestria o suspense, os assuntos polêmicos, e a ideia do desfecho que já é genial.

A capacidade de envolver desses filmes é impressionante, um time de personagens suspeitos, e um final inesperado.

Roteiro típico de filme B das madrugadas da Bandeirantes nas décadas de 80 e 90, com péssimo elenco, interpretando personagens caricatos. Mas neste trabalho há uma pitada intelectualoide, abordando alguns conceitos, como fanatismo.