Da impressionante abertura - a conjunção de planos é soberba - até a magnífica rima visual que encerra a obra - verdadeira poesia em forma de composição -, Anthony Mann trabalha com as significações do western com apuro absoluto. É um filme pela encenação, da completude do ritmo, do arranjo da imagem. Nada está fora do lugar. Clássico!
Tem um certo maniqueísmo explicito todavia toda suas noções de justiça, moralidade , senso de convivência em sociedade e preconceito elevam a obra a status de relevância incontestável. A formação de um homem no mundo onde o limiar entre justiça e força sempre estará presente. Henry Fonda divino.
Belo conto moral sobre o respeito as leis e os direitos humanos. Eleitores de Dória e Bolsonaro tem muito o que aprender com esses xerifes do velho oeste.
Esqueçam os filmes de tribunal. É nos faroestes que se encontra a essência do Direito (a importância das leis, das instituições, dos costumes, etc). E como é bem ver um filme moralmente claro, íntegro, sem ambiguidades desnecessárias!
Com roteiro e montagem simples e objetivos, o filme é conduzido de forma eficiente, mesmo com as atuações "burocrátivas". De positivo também o tom de seriedade que a trama exigia, durante todo o tempo. Pena que o final seja incoerente e soe falso!
O velho herói, solitário e amargurado, voltando a encontrar um sentido na vida ao ensinar as duras leis do Oeste ao mocinho de uma nova geração. É a formação de um novo herói. Henry Fonda fantástico como sempre.