Tensão racial, explosão de violência, guerra urbana, sujeira das ruas, inocentes que pagam o preço do ódio. Tudo filmado de forma impulsiva e estilizada, no melhor proveito da arte insana e contagiante de Abel Ferrara.
Romeu e Julieta à moda ferrariana, com direito à pancadaria, sangue e tiro e uma deliciosa trilha oitentista. Seu cinema por vezes indigesto também oferece momentos de brilho bruto.
Romance Shakespeariano nas ruas de Nova York é mais um conto de Ferrara e St. John que esbanja dramaticidade e coragem. É também um dos mais estilizados do diretor e termina num travelling dos mais secos e arrasadores que se pode fazer
Ferrara propõe um embate bastante incisivo entre convicção e sentimento através de uma história de amor que, já no seu início, se anuncia trágica. O final é a coisa mais linda desse mundo!
O filme mais romântico de Ferrara, em que o amor entre os personagens principais é a única coisa que pode salvá-los, embora essa salvação seja apenas pessoal, já que a hostilidade entre etnias e a violência urbana é incontrolável.