Devo confessar que lá pela metade perdi completo interesse , afinal de contas não percebi sobre o que de fato o filme se tratava, logo de lá para frente, já nem me importava mais. Achei muito ruim, muito confuso e pra falar a verdade estou até agora buscando o mínimo de sentido naquilo tudo.
O carnaval é explosão, liberdade e deboche. Mas é também truculência, devaneio e frenesi. É a partir desses elementos que Walter Lima Jr. trabalha seu filme. Isso acabou criando um relato em estado de convulsão, deslocado do tempo e um tanto místico. Bom!
O filme semeia a confusão desorganizada, atirando pra tudo que é lado, para tentar atingir algum espectador delirante... Apenas reflete a onda de confusão geral do "cinema novo", algo maléfico que ainda não nos livramos totalmente.
Pena que o próprio Walter,muito por conta da morte prematura de sua esposa/atriz,ignore a obra-prima que fez.De uma liberdade que o cinema nacional poucas vezes viu.
É uma daquelas experiências mais sensoriais que racionais. Lima Jr. retoma o Cinema Marginal em um joguete ficcional/documental que pode funcionar para uns, mas a grande maioria irá rejeitá-lo. O resultado é mais curioso que agradável.