- Direção
- Nicolas Roeg
- Roteiro:
- Edward Bond (roteiro), James Vance Marshall (livro)
- Gênero:
- Aventura, Drama
- Origem:
- Austrália
- Duração:
- 100 minutos
- Prêmios:
- 24° Festival de Cannes - 1971
Lupas (12)
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Um filme maravilhoso de Nicolas Roeg. Transcendental e sensível ao tratar de um tema tão profundo como este: as diferenças entre o universo selvagem e o civilizado. Já é um grande filme mesmo antes do aborígene aparecer, e quando ele aparece cresce ainda mais. O lance todo da tensão sexual entre os dois é bem construído também, e nos questiona. O cenário, aliás, é fotografado brilhantemente, reforçando a nossa reflexão sobre a relação do homem com a natureza, com as rochas, com os animais, etc.
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O resultado é levemente abaixo da expectativa quanto ao que Roeg mostraria ser capaz de fazer em seu trabalho seguinte. Aqui, ele oferece com passagens arrastadas um incômodo estudo antropológico de vidas entregues à sorte.
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Assistir a Walkabout é como amar quem não te pertence, a gente sabe que cedo ou tarde irá se machucar. Um poema tão apaixonante, quanto devastador.
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Um choque de opostos culturais numa avalanche simbolista de imenso poder reflexivo. A câmera viajando por entre desertos, vales e campos é uma das coisas mais belas da arte cinematográfica, sempre atenuando a selvageria covarde da inocente.
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Fotografia impressionante e uma jornada sobre descobrimento, amadurecimento, choque cultural, intimismo naturalista e a impessoalidade e frieza da selva de pedras. Roeg utiliza simbologias e não traça um caminho simplório para o espectador.
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27/08/15
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A tortuosa jornada do amadurecimento, pelos belíssimos recortes intimistas de Nicolas Roeg.
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Poucas vezes se viu, no cinema, uma atmosfera tão mística e, ao mesmo tempo, tão perturbadora como a criada por Roeg em Walkabout.
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O que é civilização? O quão afetado é o indivíduo pelo processo cultural? O instinto é a defesa natural da condição humana? Nicolas Roeg levanta essas e outras questões em um filme instigante, perturbador e de forte impacto visual. Para refletir!
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O início sombrio já traz o clima angustiante e a incomunicabilidade que permearão toda a jornada de busca e retorno obrigatório que ignoram instintos e natureza ao mesmo tempo que os aceita. A sexualidade velada intensifica a grandeza das imagens.
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Destaque para as paisagens e animais selvagens lindíssimos, que dão um colorido especial ao filme (alguns tiveram o destino encurtado impiedosamente). O resto é uma grande bobagem, com poucas ideias boas e a apelativa nudez da bela atriz principal.
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Walkabout faz um estudo preciso sobre a incomunicabilidade e as barreiras culturais construídas pela sociedade. O visual do filme é arrebatador, mas o terço final carece de trama - o que é uma pena, pois tinha tudo para ser obra-prima.