- Direção
- Otto Preminger
- Roteiro:
- Marryam Modell (livro), John Mortimer (roteiro), Penelope Mortimer (roteiro)
- Gênero:
- Drama, Policial, Suspense
- Origem:
- Reino Unido
- Duração:
- 107 minutos
Lupas (18)
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Já seria uma obra ímpar se indagarmos apenas pela perspectiva do plano-sequência - como não admirar a fluidez e sofisticação da câmera -, mas Preminger vai além, ele constrói uma atmosfera que beira o sobrenatural, um jogo de ilusões capaz de hipnotizar o mais cauteloso dos observadores. Eis um filme para ser degustado.
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Demora a engrenar e em determinado momento na metade do filme (mais especificamente à partir da loja de bonecas) a questão psicológica da protagonista é bem destrinchada. Mas para por aí e o ar ingênuo toma conta no ato final, como nas cenas de esconde-esconde, uma vergonha alheia.
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Até onde me cabe, este é o filme de Preminger em que ele mais esbanja talento atrás das câmeras, tanto nos enquadramentos, fotografia quanto nos belos travellings ao longo de toda a projeção. Além disto, constrói um suspense intrigante que confesso não ter a melhor solução mas é de todo competente.
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Interessante e muito envolvente, mesmo sendo previsível (tenta enganar ou mudar algumas vezes). A atuação dos irmãos é muito artificial, faz até um alinhamento no final mas a parte falsa fica maior - o choro da mãe e sua reclamação frouxa não caem bem.
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Legal.
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Ótimos movimentos de câmera.
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A obra-prima de Preminger é o ápice nesse jogo de sugestão e mistério que se especializou, criando reações e sensações nunca materializadas, através de uma das mais marcantes mise-en-scenes. Cada plano dialóga diretamente.
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Preminger conta a história com uma maestria de condução rara no cinema: tudo é narrado com exímia cautela, com cada novo elemento vindo à tona num timing monstruoso, além da excelência de sua câmera - leve e solta, mas precisa.
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O fantasma da (não) existência de Bunny assombra todos ali. Preminger passeia com sua câmera por todos os cantos a sua procura, mas em quem acreditar? Filme brilhante.
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O problema não é o filme ser previsível. O problema todo foi que, mesmo previsível, a trama não despertou interesse e curiosidade. Mesmo assim, Bunny Lake tem umas cenas geniais, como por exemplo eles brincando de esconde-esconde e no balanço.
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99 de cada 100 diretores (Hitchcock inclusive) se curvaram diante de Preminger depois que ele fez esse filmaço. Suspense conduzido de forma absurda no qual o macabro (quase o sobrenatural) está sempre à espreita. Tom perfeito de misticismo e insanidade.
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A câmera de Otto Preminger destrinchando o inóspito ambiente e acompanhando o degradar dilacerante do desequilibrado irmão com seus grandes planos-sequências é uma experiência única, um grande achado esta maravilhosa direção.
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27/09/14
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Uma dúvida paira no ar e gera um suspense à beira do insuportável, magistralmente dirigido e montado. O que é a torturante sequência final?
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Instigante, sombrio, como procurar algo que ninguém viu, algo que nem mesmo sabemos se existe?
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Técnica: 8.5 Arte: 9.0 Ciência: 9.0 Nota: 8.83
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Conspiração, dúvidas, teses/palpites derrubados e revistos a cada minuto. Poucas vezes um filme me instigou tanto.
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Otto Preminger, com sua câmera absurdamente inspirada, realmente CONTA uma história - e isso é o mais importante, não? Quero dizer, mesmo os filmes com as mais belas imagens estarão naturalmente limitados se não houver uma história a ser contada...