- Direção
- Jean Renoir
- Roteiro:
- Jean Renoir (adaptação e diálogos), Denise Leblond (diálogos), Émile Zola (romance)
- Gênero:
- Drama
- Origem:
- França
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 100 minutos
Lupas (10)
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Os demônios que carregamos dentro de nós. Forças obscuras do inconsciente. A violência como parte intrínseca do ser. A sina fatalista dos desajustados. A tragédia marcada na face daqueles que já nasceram condenados pelo mundo em que vivem. Jean Renoir foi definitivamente um dos pais do Cinema Noir.
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Trama bem interessante sobre personagens complexos, apaixonados, problemáticos, manipuladores e assassinos.
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A metáfora do trem, um veículo pesado e difícil de parar a tempo, funciona perfeitamente para Jacques, homem fadado a tragédia por causa do seu coração traiçoeiro. Era uma especialidade de Gabin, aliás. Simon, por sua vez, encarna a típica figura da perdição, com seus olhos expressivos e sua beleza que, emprestada a Séverine, soa falsamente angélica.
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Renoir e carné são os idealizadores do noir sem dúvida alguma. A índole dúbia dos personagens em meio á um clima escuro e frio entre crime e paixão.
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Renoir, no auge, faz uma homenagem reverecial (já em seus letreiros) a Emile Zola. Jean Gabin, pra variar, rouba a cena, especialmente nas cenas em que a dualidade de seu personagem vem a tona. É uma boa adaptação, na pegada do realismo poético francês, mas creio que a adaptação do Fritz Lang é bem superior, especialmente em representar o desejo latente na obra. (talvez o zeitgeist de quase 20 anos depois tenha sido mais favorável)
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A violência sonora das locomotivas em analogia à fúria em potencial de Gabin, o homicídio com ares teatrais, o comentário social sempre latente - a encenação de Renoir atribui força e contundência ao psicologismo fatalista de Zola.
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15/09/11 -Usando elementos do Realismo Poético, Renoir adaptou de maneira sublime a obra de Zola.
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Não tem o mesmo vigor de Trágico Amanhecer, outro clássico com temática parecida, mas não deixa de ser um bom filme. O maior destaque é o arrebatador e surpreendente final.
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A Besta Humana está longe de ser o melhor trabalho de Jean Renoir, mas mesmo assim é um filme interessante e de qualidade. Recomendo aos adoradores do cinema francês e do cinema clássico.
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Técnica: 8.5 Ciência: 8.0 Arte: 8.0 Nota: 8.16