- Direção
- Roteiro:
- Abbas Kiarostami
- Gênero:
- Origem:
- ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 118 minutos
Lupas (12)
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A câmera se encanta pela paisagem, pelo deslocar das pessoas, ela contempla o ritmo da vida, observa um tempo que tem sua própria linguagem. Ela nos revela um conto de vida e morte. A morte como ressignificação, é a partir dela que o protagonista vai ter outro olhar sobre o sentido das coisas. A vida é pulsão, presença, a força máxima da natureza em todo seu esplendor. Abbas Kiarostami cultivou a poesia, a singularidade, o mistério da vida em suas imagens.
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Um homem com uma missão que não depende só dele mas da morte de uma pessoa, os conflitos gerados a partir disso e sua relação com o ambiente estranho a ele onde se encontra. Filme de muita naturalidade e beleza, não acho que consegui adentrar em seu mistério, quem sabe numa revisão.
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Com subtexto, metáforas visuais, poesia e humor, o filme constrói seus temas com naturalidade e exposição na dosagem certa.
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Assistir a Kiarostami é como assistir a uma jovem árvore crescer. O que começa como uma atividade aparentemente improdutiva ganha, aos poucos, sentidos próprios. Próprios mesmo de quem assiste, mais do que do relato em tela. Deixe-se embarcar nessa sonolenta viagem e, com sorte, ao fim, o conceito de produtividade nada mais significará, e não pensaremos mais nos porquês nem na necessidade dos porquês, mas naquilo que foi, e bastou.
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A riqueza da vida e o tempo como o maior e único condutor da realidade. Viver o presente e apreciar a natureza, os pequenos detalhes do dia-a-dia que isolados podem não ser nada, no conjunto são tudo. Viver esperançoso ou amedrontado por uma vida após a morte é desperdiçar o que mais existe de belo em nossa curta existência. Obra-prima do cinema iraniano, com paisagens e poemas encantadores.
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Kiarostami deixa de lado o limite do real x ficção e parte para uma filosofia arrebatadora sobre o limite da vida x morte. Além da coragem de incentivar uma ideia quase ateísta de desvalorização da imortalidade num país de regime religioso extremista.
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Algum dia, cedo ou tarde, chuvoso ou ensolarado, o vento também nos levará..
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Leve, natural e poético.
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04/03/12
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Abraça o hermetismo e se revela um círculo vicioso de comunicações truncadas, um tema habitual na filmografia do realizador. Não fossem alguns pequenos momentos, seria uma obra demasiado genérica.
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Esse Kiarostami devia ser preso por este filme! Quem sabe não produzia algo melhor na cadeia?
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Mais um dos filmes rurais passado em boa parte num carro,aqui numa trama mais misteriosa,de mudança. Absurdamente lindo.