Glauber trabalha uma alegoria do embate de forças obscuras pelo coração da África. São fantasmas e raízes do processo de colonização. As facetas do imperialismo, a dominação dos povos esquecidos e saqueados, o processo de alienação que cobre as diversas representações de civilização. A violência do processo histórico de um continente em ebulição. Um registro do tempo, filme provocador, grito no máximo. É sempre necessário que a arte procure pensar as questões políticas de nossa história.
Extremamente cansativo com sua gritaria insuportável, repetição tola de frases, mas nada é pior que ser artificial demais - duas pessoas se olhando e fingindo lamber um osso!
Roteiro porco.
Em 20 min já olhamos à tela igual zumbi, só esperando o fim.
"Der Leone Have.." é a ovelha negra dos filmes de Glauber, exilado, ele confrontaria algo inédito em sua carreira: a rejeição quase total da crítica internacional. Acima disso, encontra-se um filme deliciosamente político-insano.
Se o cinema de Rocha é o de botar ideologias na prática à marra, tal obra é o maior salto de fé de um cineasta errante que via o quadro todo, e por sua "ousadia" ainda o chamam de gênio.