- Direção
- Roteiro:
- Michelangelo Antonioni (autor), Tonino Guerra (autor)
- Gênero:
- Origem:
- ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 120 minutos
Lupas (17)
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Medo interior. Medo do vazio. Medo que aflige o inconsciente. Mal-estar que cresce como erva daninha. Uma sensação de deslocamento e opressão que surge em uma sociedade cada vez mais fria, industrial e alienada. A natureza está sucumbindo ao lixo. O aço substitui a carne. Um processo de destruição físico e psicológico. Um mundo inerte, frustrante, vazio; a protagonista diz: “Há algo terrível na realidade, não sei o que é e ninguém me explica”. O filme mais desolador e opressivo de Antonioni.
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Absurda precisão técnica e obra coesa, mas é filme que me interessa MT pouco...
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No primeiro filme colorido de Antonioni o cinza se sobrepõe às outras cores, sufocando tudo. Assim como a tristeza e a depressão sufoca todos os sentimentos das personagens, transformando suas frágeis paredes em cinzas. A cena da menina na praia é uma verdadeira pérola.
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Sempre se movimentando, fugindo dos outros mas não conseguindo lidar com si mesma, Giuliana (Vitti) é uma mulher depressiva que não consegue se sentir segura em nenhum lugar. Suas emoções, seus sentimentos não são palpáveis e a agonia de não poder sentir a corrói. Porém, Antonioni não consegue mais uma vez pra mim fazer das experiências dos personagens um filme cativante. Se torna maçante. Destaque para o som, diz muito sobre o longa, como poucas vezes vi.
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Sua melhor metáfora só é utilizada no título: o deserto, mas no filme Antonioni prefere utilizar navios enferrujados e indústrias vazias para de certa forma falar sobre a solidão emocional de sua personagem, e por isso talvez eu não compreenda seu cinema.
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Cada gesto, cada som, cada cor na fotografia imprecisa, cada intenção por mais translúcida que possa parecer, em prol das investigações de Antonioni numa das obras mais completas do Italiano. FILMAÇO.
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Antonioni aborda sobre a solidão, o vazio existencial, temas que ele havia evidenciado na belíssima trilogia da incomunicabilidade. No entanto, percebo que esses temas são mais presentes em O Deserto Vermelho. A personagem da Vitti é a solidão em pessoa.
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'Short Circuit 2' ao contrário.
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04/03/11
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Se o filme não fosse tão arrastado e não tivesse a subtrama da viagem à Patagônia (que ficou solta), esse seria um dos melhores filmes já feitos. Poeticamente lindo.
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O som monocórdico e monótono das máquinas, as cores desbotadas e sem vida e os cenários esfumaçados e pouco nítido. É Antonioni... e a incomunicabilidade!
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A tradução do mal-estar contemporâneo na saturação das cores e nos silêncios.
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Em meio a loucura e as crises bastante enrustidas de Giuliana, encontra-se uma bela fotografia, os sons, a devastação, a distância, o desamparo, mas também uma gritante falta de coesão e uma enrolação típica desses filmes que querem ser arte.
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O Vazio.
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Fotografia maravilhosa!
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A incomunicabilidade nunca foi tão bem representada.A paisagem é fria e desolada,as personagens desorganizadas sofrem internamente. Giulianna em especial,a mente em fragalhos,repleta de dúvidas,preocupações e indecisões. De uma grande triste beleza.
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Muito papo-cabeça para uma trepadinha só... e apenas no final...