O embate entre homens desajustados e inseguros. Os dilemas do país invasor. Os dilemas do país invadido. A força intrínseca da violência. No Cinema de Samuel Fuller as situações não se apresentam em preto e branco, nem mesmo em cores; é sempre o cinza que predomina na vida, no momento, no limiar dos personagens. É fúria, paixão, vigor estético. Um soco na cara que o expectador leva com gosto.
Um Samuel Fuller em CinemaScope e numa terra japonesa, isso sem cair na caricatura do estrangeirismo e sem abandonar a trama típica de um thriller americano.
Penso que se o roteiro não traz nenhuma grande novidade e ne se trata de um enredo tão frenético assim, os mérito estéticos e de condução de câmera que Fuller entrega valem a sessão; Um cinemascope belíssimo além de um Robert Ryan como de costume inebriante. Bom
Policial de grande força dramática, nunca pára. As ambiguidades dos personagens não são coisa da sua cabeça. O elenco é um acerto em cheio. Fuller grande como de costume.
Casa de Bambu é Samuel Fuller em sua inteireza: todas as contradições do mundo estão lá. Nenhuma escapa. Fuller se lança de cabeça nesse labirinto moral em que parece estar junto com seus personagens. Um de seus grandes filmes dos anos 1950.
Esse filme serve como exemplo quando, em alguma discussão sobre cinema, alguém vir falar que não se era possível ser marginal tendo grandes estúdios por trás das produções.