Farias tranforma a esposa em heroína de ação com tintas brasileiras e calejada de duas décadas de sala de aula em escola pública. O roteiro não deixa muitos momentos de sossego nem para espectador nem para a protagonista, sempre dando um jeito - plausível - de se manter um passo à frente de seus inimigos.
Consegue atingir um ritmo bem dinâmico, o que leva a prender a atenção, mas a realização derrapa em alguns pontos, como a trilha-sonora muito caricata e os flashbacks desnecessários. Um filme que soa muito artificial graças a sua ambientação, mas que envolve muito bem.
Andréa Beltrão está fascinante no papel-título, ainda que o filme, uma derivação de Glória, do Cassavetes, não ultrapasse os limites do thriller de ação feito lá fora.