- Direção
- Roteiro:
- Michelangelo Antonioni, Tonino Guerra, Elio Bartolini, Ottiero Ottieri
- Gênero:
- ,
- Origem:
- ,
- Estreia:
- 31/12/1969
- Duração:
- 118 minutos
- Prêmios:
- 15° Festival de Cannes - 1962
Lupas (14)
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A busca por um sentimento real em um mundo cada vez mais alienado e estéril. A realidade oprime, é desconfortável. Tudo se forma como uma tempestade de insatisfação, incertezas e medo. É a impossibilidade presente no amor, o vazio que parece uma prisão da consciência. O caminhar sem rumo, o viver sem rumo. Tudo pode virar pó em um minuto. Todas essas sensações e sentimentos colidem no mais sufocante dos finais. É desolador, melancólico, incompleto. O horror da estranheza humana.
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'O Eclipse' é um filme melancólico que apresenta um olhar dinâmico e inventivo sobre a vida moderna e o amor em Roma. Um drama que faz a gente observar todo o caos, o silêncio, a incomunicabilidade e (principalmente) as incertezas do amor. OBS: A cena do blackface quase me tirou completamente do filme.
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Efemeridade. Vida.
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Metafórico, rico, meio lento, mas muito elegante. Pode ser meio entediante para alguns, mas se se permite entrar nas possibilidades de simbolismo e interpretação, o filme cresce e ganha corpo. Precisei ver três vezes pra realmente aproveitar.
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Como de costume, Antonioni cria um relacionamento que vai do êxtase ao vazio com muita margem para interpretações, reflexões e silêncios. Tem um par de cenas incríveis, sendo a do minuto de silêncio na bolsa de valores a mais marcante.
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Fiquei um tanto disperso no filme, talvez por isso não tenha captado tudo o que propõe e portanto merece uma revisita. Ressalto 3 três cenas que ainda me propõe algum pensamento aprofundado: a cena do rompimento, o minuto de silêncio e a sequência final.
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Minha admiração por Antonioni é fria e distante, mas acho ele um cineasta corajoso, arrojado e moderno (principalmente na temática). Pode não ter a ternura de um Clint e o tesão de um Fuller, mas tem paixão (esculpiu todas as cenas entre o belo casal).
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21/11/08
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Infelizmente, o filme mais desinteressante da trilogia de Antonioni.
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É como se o amor ideal fosse o sol e tudo aqui presente (a incomunicabilidade, o tédio, a dinâmica de "mercado", a incerteza, a espera em vão, as falsas promessas) funcionassem como um real eclipse, bloqueando quaisquer tentativas de se alcançar a luz.
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Não é preciso muito para engatar um bom romance dramático com Alain Delon e Monica Vitti nos papéis principais, mas Antonioni conseguiu fazer nada.
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Encerra a trilogia com louvor, merecendo habitar a mente e o coração por longo tempo, graças à habilidade de um diretor que soube consagrar o silêncioe as interdições impostas pela comunicação, assim como a sua falta.
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Com certeza o mais fraco da trilogia da Incomunicabilidade.
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Ótimo para quem gosta de novela e não quer se preocupar em prestar atenção no roteiro! Para quem é chegado em "discutir relacionamento" é maravilhoso! E, finalmente, para quem curte "papo-cabeçã", os 10 min finais, onde nada acontece, é o auge!