É válida a tentativa de Araki em criar uma áurea cult em torno de seus personagens e nas situações violentas, sexuais e nojentas, porém não funciona muito em boa parte do filme.
Difícil dizer como me senti assistindo este filme. Achei repetitivo demais, e de certa forma, infantil (mesmo sabendo que pretende ser ridículo e nonsense), ainda que divertido em raros momentos. Só valeu pelos peitos da ~Mia Wallace~ desbocada.
Limites extrapolados numa viagem rumo ao nada que define coisa nenhuma, mas que a todo momento indaga: -Qual significado da nossa existência? E qual realmente é, diante da interminável gama de óticas pessoais que vendem-se como coletivas.
Tem alguns surtos de alto calibre (cabeça falante, $6,66), mas é sua proposta apocalíptica o grande charme da produção. Deixa a impressão que a coisa vai explodir a qualquer momento (se já não explodiu e estamos aqui por mera conveniência).
O filme trata-se de uma derivação das obras de Robert Rodriguez e Tarantino, repleto de gore, sexo, mortes, membros decepados, escatologia e tons psicodélicos, que ironiza a geração 90, e tem cenas que remetem a Assassinos Por Natureza.
Abdica do espírito por um estilo artificial. A idéia é ótima, mas, poxa, não custava nada arranjar situações/atores menos forçados. E um arsenal de expressões chulas e um chamativo "A heterossexual movie by Gregg Araki" não significam fodacidade.